sábado, 5 de outubro de 2019

No fim do abraço não haverá direita

Comentário à foto da semana: Diário de Notícias 29 de Setembro de 2019
PSD
Provérbio holandês (PH): Geloof nooit iemand die in de ene hand water en de andere hand vuur draagt
Tradução: Nunca acredite em alguém que carrega o fogo numa mão e água noutra.
Fogo no PSD nunca está controlado.

CDS
PH: "Water naar zee dragen."
Tradução: Carregando água no oceano.
Significado: Propósito absurdo
Ajoelhou ... vai ter que rezar.
PH: "Um punhado de paciência vale mais do que um barril de talento”

ELEITOR
PH: "Weten waar Abraham de mosterd haalt."
Tradução: Saiba onde Abraham obtém a mostarda.
Significado: Mantenha-se bem informado
PH: Op alle slakken zout leggen.
Tradução: Colocando sal em todo caracol.
PH: "Doe maar gewoon, dan doe je al gek genoeg"
Tradução: Aja de forma natural que estará sendo louco o suficiente
O futuro a Deus pertence ... e anda com “sede”.

domingo, 12 de maio de 2019

Oh yeah Joe


Quem mata quem, nem sei, zapping! The Joe Cuba Sextet toca "Oh Yeah" na AR! Cuba ficou em delírio, dividida entre o vilão e o vilhão. De madeirense só sai dívida? Baralhados partiram o telemóvel e Joe: - ia fazer um telefonema para poder esclarecer. O advogado corou sem beber Bacalhôa!

Se perguntam: - sabe ...? Sai um “não ma alembro”. Joe não verbaliza mas dá cartas, é a antítese de Rafael, a versão sem provas. Mortágua suspira “não compreendo quem é que está a enganar quem”. O insólito Joe lembra-nos a tarada do canal 8, oh yeah, não pares agora, está quase, dá o povo como garantia.

Joe ajudou bancos, “alembrou-se” de Roque e, munido de letrinhas pequeninas, aceitou os convites com o típico instinto insensível dos próprios. - Compra títulos! Nós "pagamo-nos-te". Alves dos Reis excita-se como enguias no Tamisa: -"eu não tenho dívidas!", mas pariu imparidades. Joe é o Robin Hood da economia real a quem tiraram o tapete; o Rambo dos lesados com títulos carecas de bancos falidos e um safado para o mortal que lhe custa pagar compromissos.

A AR TV teve o mesmo share do canal 8 às duas da manhã, oh yeah Joe! Arranquei os cabelos mas quero-o a renegociar a nossa dívida, “come se diz fuck off?”. Inesquecível paródia.

Diário de Notícias
12 de Maio de 2019
Página 27 "Inesquecível"

sexta-feira, 1 de março de 2019

Serviço de Despertar


1 - Ambiente: Por saturação com a praxis e o status quo instalado, uma clara maioria absoluta de pobres e classe média quer extinguir a usurpação permanente das oportunidades, durante décadas, de forma crescente, e agora completamente descarada e sectária (premissa 1): o sistema. A interpretação de cada um sobre o assunto decidirá a orientação de voto nas Regionais. Contudo, uma silenciosa tendência de voto focada na premissa 1 provoca um tabu, criticar Cafôfo é uma heresia enquanto única alternativa para Governar. Se nenhum da bipolarização for credível, os votos pulverizam-se pelos partidos pequenos que não sejam “levianos bengaleiros”, para controlo democrático e representativo da situação na ALR. Cafôfo não é a única vassoura do Santo Amaro.

2 – A confirmação: Um estudo de opinião no DN sugere que 34,8% dos eleitores madeirenses orientarão o seu voto nas Regionais pelo simples desejo de mudança, com que “Confiança”? O eleitorado anseia por uma governação que coloque o Orçamento Regional ao serviço do bem-estar da população porque é “pornográfico” ver o povo a empobrecer, sem rendimentos, serviços públicos ou retorno dos impostos mas com a elite empresarial e governativa a enriquecer com todo tipo de arranjos obscenos. A pobreza e a austeridade são resultado dos abusos das elites. Para ganhar folgado é necessário estar longe das panelinhas político-empresariais.

3 - O momento: O eleitor sabe em quem não votar, se houvesse um candidato de “Confiança”, convicto de um programa e sem esquemas a reboque, também saberia em quem votar, com maioria absoluta. O clima está perfeito. As Regionais elegem representantes e governantes do bem público e não para uma Associação de Dependentes Profissionais e Empresariais do Orçamento Regional. Ao observar a bipolarização e os “bengaleiros”, sente-se traição, uma articulação onde qualquer resultado garante a manutenção do sistema entre os partidos tradicionais e empresários do regime num win-win-lose que prossegue o assalto ao contribuinte.

4 - Cafôfo fagótrofo: Apoiar-se nas elites que a população quer despachar configura uma Renovação 2. Com que valências quer governar para todos? Não queremos marcar passo por 8 anos com aprendizes, interesses e egos. Dependendo da configuração da futura ALR, poderá ter a activação da premissa 2, o mesmo objectivo da 1 para novos actores, por manutenção da praxis e do status quo dos agarrados ao Orçamento Regional.

5 - Embevecidos com pouco: Estando o PSD-M “queimado”, com Cafôfo a 2,2% de vantagem (Estudo de Opinião DN 19-01-2019), significa que está um pouco menos queimado do que o PSD-M? Não se procura razões nem se inverte? Dois exemplos, corre a expressão “vota ferry”, machadada na bipolarização, se os sabotadores governativos estão bem tramados, os que andam com o unguento autor material da sabotagem ainda mais. Os social-democratas pensantes carregam as frustrações da Renovação 1 mas também carregam a desconfiança de um PS que não sabe crescer. O PS diz em cartaz “unir os madeirenses” mas nem concretiza com os seus nem reúne know-how para governar, é natural a bipolarização de baixa percentagem. Quem ganha une, vão deixar um economista socialista de fora para ir buscar outro, de um lóbi, para igualarem a função de Pedro Calado no actual Governo?

6 – Dinâmica e dialéctica: O que dizem os escritos no DN do líder alternativo? O que retemos da sua exposição mediática? Quantos votos conquistam os Estados Gerais? Conhece bons líderes omissos? Um candidato a funcionário público faz mais provas do que um candidato a líder do Governo? Ainda não lidera a oposição? Um líder tem ideias formadas, influência, marca a agenda e os temas. Caramba, não marca o ponto em nenhum! Assuma-se de vez como líder, acabe com a conversa mole e mostre pulso para dominar o que lhe está a fugir. Está paulatinamente a endossar a sua oportunidade aos partidos pequenos não bengaleiros.

7 - Gestão política: Desastrosa. Os egos do decisor político de Cafôfo e do Vice de Albuquerque inferiorizam os seus candidatos, não sabem ser segundos, criam a ideia de que os líderes são fantoches. O primeiro vive do estado de graça por condescendência da premissa 1 e pelo demérito do principal adversário, o PSD-M. É deslumbrado no mesmo engano de um homónimo do PSD-M caído em desgraça, um déjà vu da Renovação em 2015 a percorrer os mesmos erros. Não une o seu partido e as eleições submetem-se ao zelar pelos lugares e evitar as sombras. Terá em 2019, por premissa 1, o seu melhor resultado de sempre, seguindo-se a desilusão e a premissa 2. Cafôfo ganhou o seu Centeno dos confins da primeira lista, o penúltimo que por sorte subiu, Miguel Silva Gouveia. Por outro lado, a maioria da sua vereação não tem escola, erra e é politicamente inábil, até parecem escolhidos a dedo pelo PSD-M para minar. Daqui retenho o desacerto nas escolhas e a passividade, será assim num governo? A qualidade e a experiência das pessoas fazem muita diferença. Estamos cansados de perder tempo com amadores que fazem estágio enquanto governam, traga gente respeitada para a política se quer ter autoridade.

8 – A praxis condenada: Seja qual for a figura política a alinhar pela praxis da Madeira Nova, apanhará pela medida grande como se fosse da primeira hora. Se anda omisso no projecto para, caso ganhe, repetir a fórmula, durará pouco porque viverá da premissa 1 do eleitorado que depois executará a 2. Cafôfo será visado pela mesma praxis se não muda. Livre-se de más companhias, execute limpeza.

9 – O ponto de não retorno: Há 3 anos que Cafôfo constrói a matriz da possível governação regional, com falhas graves na hora de picar o ponto em políticas e pessoas, se não muda agora, desta bitola não sairá. O PSD criou uma fragilidade social e democrática no conceito de "maioria" com fundamento no bem comum. Não perca o ideal da democracia onde a vontade da maioria se impõe à da minoria, esses ricos produzidos pela Madeira Nova com o dinheiro da U.E. e de todos os contribuintes madeirenses. Esses que se sobrepõem, por comunhão com o poder, ao direito da maioria de pobres e remediados. Se mata a esperança, o passo seguinte é populismo, balize a maioria pela liberdade, solidariedade e, mais do que nunca, a isonomia (as mesmas regras e em condições de igualdade para todos). Vamos moralizar e não prosseguir o caminho errado.

10 - Cafôfo a tempo de inverter: por só existir esta alternativa de Governação, receba algumas sugestões, afaste-se da emboscada dos lobbies e dos esfomeados, junte-se ao povo (é patrão e vota). Não marginalize no PS. Mostre coragem, saque quadros às forças vivas e aos decentes do PSD-M (cumpra com o “unir os madeirenses”). Comece a debitar compromissos. Corrija e lidere a gestão política e sane suspeições. Lute por uma maioria absoluta e não por um resultado sofrível. Não nos encha de folclore, é melhor pequenas conquistas na casa de cada um. Não permita que os lobbies atasquem a política, não se entende como um independente “referendado” permite a associação da imagem “feito com lobbies”, a realidade do adversário.

Crónica "Sem Tabus"
Diário de Notícias - Madeira
Edição de Sábado, 02-03-2019, página 29

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

A soma dos silêncios


O PSD-M está como o Real Madrid, mandou a máquina embora e o actual Bola de Ouro não leva a equipa às costas
CARLOS VARES / 19 JAN 2019 / 02:00 H.

Há medo de falar Sem Tabus, a opinião é um delito definido por governantes através do condicionamento das necessidades básicas. Valores e regras desaparecem, o silêncio é alcançado em ambiente de crispação e injustiça crescente com a actuação dos Renovadinhos. Incapazes de contrariar com argumentos válidos, usam expedientes para dissuadir e perfis falsos lançam insistentes suspeições sobre gente séria. Inutilizam funções nas instâncias legislativa (ALR), executiva (GR) e judiciária, que permite queixas infundadas para desmobilizar adversários, um precedente para telhados de vidro. É o autoritarismo de partido sem contraditório e já no jocoso. Tempo de congresso, inútil, onde o líder não será humilde e o resto sem coragem para “mudanças”. As “culpas” desinfectarão fiascos, o passado não dará crédito às ideias e muitos acusarão retratando-se. Resultados só em Setembro, as sondagens têm hoje em dia a inconveniência dos matreiros que entalam o cinismo.

Em 2015, última oportunidade do PSD-M, o líder foi escolhido como o melhor posicionado para ganhar eleições, hoje é um handicap porque não executou o discurso de rotura. Embeveceram com o poder, resolveram a vida, calçaram as pantufas do velho sistema, governaram mal e agora usam artes circenses para ganhar eleições. A Renovação vai para congresso rodando os mesmos dos pecados mortais, agora com a “conversa fiada” da família, essa perseguida no emprego ou nos interesses, com danos irreparáveis nas suas vidas e insultados de ressabiados ou invejosos quando são lucidez e experiência. Invocar família é abjecto quando nem deitam a mão a alguns funcionários da sede. Invocar social-democracia e Sá Carneiro é uma heresia de espertalhões acobardados com eleições à porta que até lambem o seu cuspo do prato. O PSD-M dirá no congresso que não se purga sem derrota. Do empreendedorismo político, política em função do emprego e dos negócios, nasce o problema. O PSD-M necessita de um líder âncora que traga decência e valores, um “João Lourenço” para matar o estigma.

O contribuinte europeu está exigente enquanto puxam a primeira linha do novelo CINM e o Brexit retira um contribuinte líquido. Está no fim o suporte dos juros baixos sem termos convertido a nossa dívida. Assiste-se a alegre multiplicação dos milhões quando se contrai empréstimo para pagar dívida. Ao fim de décadas mantemo-nos na ideia de que só existe obra com betão ou alcatrão, a que alimenta o sistema e não o social. A dívida criada na Região matou a Autonomia e o PSD-M está a dizer tudo, precisamos da República.

Forma-se sobre a Madeira a tempestade perfeita. Precisamos de economia aberta, diversidade com dimensão ajustada, acabar com os penduras do erário público, rebentar a bolha do proteccionismo/ isolamento e os objectivos pessoais e corporativistas na política. Da justa repartição da riqueza disponível, de acabar com milhões rapados do essencial para obras. De olhar para a concentração da economia no Porto Santo quando a Madeira segue pelo mesmo caminho. Com nova crise poderemos ser “comprados” num ápice, daria muito gozo aos chineses depois do CEMA. Quando os emigrantes perceberem como tudo funciona, partirão. Notaram que Canárias ganhou meio milhão de habitantes entre 1998-2018? Com rendimento e oportunidades a demografia melhora. O Contencioso das Autonomias pela via cacique esgotou, para acusar é necessário ser credível, se o pejorativo “comandado por Lisboa” significa entendimento, provavelmente dará mais resultado, até para provar como o PSD-M não defendeu a Madeira de Passos Coelho no resgate, a origem dos problemas na governação depois da dívida. Nem tudo é mau! Ludibriando qual Macron, o líder não enfrenta a mesma emancipação do eleitorado para ter coletes amarelos à porta.

A população não está melhor, demite-se da cidadania activa com medo de perder a pobreza, 34% a galopar para mais 27,4%, uma maioria absoluta. Cega, escraviza-se com caridadezinha desde que haja festa, ignorando que o governo está a mando de lóbis. Para onde vão 64 meses de sucesso, como justificam estes números depois da U.E. verter durante décadas milhares de milhões? Basta a Europa averiguar o porquê de tantos pobres e entorna o caldo. Depois da dívida e pobreza, o PSD-M provoca xenofobia com a dualidade entre o justo apoio aos regressados da Venezuela em contraponto com a insensibilidade social praticada sobre os que ficaram na Região enfrentando o duplo resgate. Os regressados deveriam ler sobre isto para não serem usados, é a nossa versão “Maduro”, ceifou vidas, de trabalho e de existência.

Ouvi da Renovação que nenhum derrotado do passado tinha futuro, hoje os derrotados são premiados com desafios maiores mantendo o demérito, as sondagens têm dado uma queda entre 10 a 20% em relação aos 44,35% das Regionais de 2015. O PSD-M só elegerá generais sectários mal cotados, os verdadeiros representantes da população vão em que lugar nas listas? É o resultado de líderes situacionistas, usadas as caras e forças idóneas para conquista do poder, a farsa termina com promessas por cumprir e os feitos parvos dos militantes a brigar entre si enquanto as elites tomam conta de tudo. Novidade é a neo-PIDE, infernizando pessoas com relatórios sobre o que expressam, com quem se dão, de quem são “família” para arranjar espaço à Renovação. Quem foge de Maduro sabe disto? Prefiram a integração que perdura em vez da benesse momentânea da caça ao voto.

24 horas brutas de congresso e o líquido? Do que vai falar Albuquerque? Da traição e marginalização da sua geração capaz de governar trocados por bibelots? Do desmantelamento da máquina/ família que não quis unir e agora finge? Da revolta pelas injustiças na Função Pública? Dos ajustes directos e concursos à medida para mini capos? O militante não é posse do partido, adere a quem defenda causas.

Do que vai falar Jardim? Das décadas a queimar delfins e melhores quadros dos que terá a bater palmas? Dos madeirenses e empresários arruinados pelos calotes dos seus Governos por quem ninguém olhou para não reconhecer erros? Dissertar sobre como colocar militantes uns contra os outros para depois os generais se dedicarem a uniões de facto pelo poder? Uma introspecção sobre a matriz da Madeira Nova tão castradora de oportunidades como a Madeira Velha? Repetirá frases a desconsiderar Albuquerque que agora serve? E lembrará as dele? Não é contrasenso apoiar Rio no continente mas zelar pelo “Passismo” regional? “Deus nos livre que o governo caia nas mãos daquela oposição” é em comparação com estes anos da Renovação?

O PSD-M está como o Real Madrid, mandou a máquina embora e o actual Bola de Ouro não leva a equipa às costas. O PSD-M sangrou qualidade e desvalorizou a sua palavra, perdeu desígnios, mística e desceu o nível. O eleitorado, sem garantias, pulveriza votos para reduzir a impetuosidade e voracidade dos donos disto tudo, os que “compram” a democracia. Chegou o momento dos partidos pequenos, de quem se espera mérito e que não se vendam. Regionais 2019? Outra Renovação, de geringonça ou caranguejola, com a Madeira a perder.

Diário de Notícias do Funchal
Data: 19-01-2019
Página: 30
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